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6 de abr. de 2011

Contra números não há argumentos.

No Censo realizado pelo CMDPD ( Conselho Municipal dos Direitos das pessoas com Deficiência de Valinhos), em parceria com órgãos e entidade da cidade e região em 2009, chegamos ao número de 503 formulários preenchidos.
Traduzindos, estes números são de 503 pessoas que necessitam de Rampas, piso tátil, calçadas livre de obstáculos, guias rebaixadas, corrimões nas escadas, respeito as vagas de estacionamento.
Sem contar com programas de saúde, educação, lazer e emprego para que esses quinhentos e três cidadãos tenham, condições de usar dos benefícios destinados aos demais munícipes.
Mais e este número citado acima? 503 Pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. Corresponde á realidade de Pessoas com deficiência na cidade?
Se esta fosse a nossa realidade, estes números já seriam suficiente para que políticas públicas e um olhar mais inclusivo, fosse dado pela sociedade Valinhense á esta parcela da população.
Mas sabemos que estes números estão, muito longe de representar, a quantidade real de pessoas com deficiência em Valinhos.
Apenas como exercício de memória comecei a lembrar de quantas pessoas eu conhecia nesta condição que more em Valinhos. Cheguei ao número de 98 pessoas, logicamente esquecendo de muitas pessoas, que não vieram a mente neste exercício de memória.
Outro dado que mostra que os números do Censo estão longe da realidade, é que até este mês de abril a Secretaria de trânsito da cidade já emitiu 156 credenciais para estacionamento de veículos em vagas reservadas para pessoa com deficiência.
O Censo realizado em 2009, foi sério, envolveu diversas áreas da sociedade, foi bem divulgado.
O retorno dos formulários distribuído junto com a conta de luz, que atingiu todos os domicílios da cidade que recebem energia da empresa CPFL, é que não foi o esperado pelos organizadores do Censo realizado.
O número apresentado (503), forma um grupo de pessoas, que estão antenados com a realidade, que estão buscando caminhos para interagir na sociedade.
Apenas com a participação das pessoas que estão nesta condição, se expondo, mostrando caminhos, solução e cobrando seus diretos é que teremos forças para cobrar do poder público políticas públicas voltadas para á pessoas com deficiência.
Se esconder atrás da deficiência , fazer de conta que ela não existe, ou ficar em casa enquanto a vida segue a todo vapor é uma opção, que vai contra as lutas e conquistas de muitas pessoas que um dia resolveram encarar de frente sua condição e conquistaram muitos direitos que hoje usufruímos e que o leitor em algum momento de sua vida será beneficiado.

“ Quem não luta por seus direitos, não é digno de te – los”

Com esta frase de Rui Barbosa, convido você, que tenha ou conheça alguém que tenha alguma Deficiência, á procurar a Casa dos Conselhos na Rua 31 de Março s/n Praça Anny Carolyne Bracalente Vila Boa Esperança, telefone 3859 – 9191.
O simples ato de preencher o formulário será um passo enorme na busca para vermos cumprido os diretos que a Constituição assegura.