Quando abordamos o tema acessibilidade a imagem que vem mente é do símbolo Universal da Pessoa Com Deficiência, onde uma pessoa esta sentada numa cadeira de rodas.
Com isso relacionamos o termo Acessibilidade, a barreiras arquitetônicas, como falta de guias rebaixadas, escadas sem corrimões dos dois lados, calçadas desniveladas e completamente esburacadas, desrespeito as vagas especiais para veículos conduzidos ou que transportem pessoas com deficiência.
Mas quando falamos de Acessibilidade estamos trazendo á luz uma medida para qualidade de vida e mobilização em torno das pessoas com deficiência no Brasil e principalmente em Valinhos.
Os lugares em que se procura reduzir as barreiras para essa parcela da população - que representa 14,5% da população brasileira, de acordo com dados do IBGE - são os mais diversos: residências, ruas, meios de transporte, mobiliário urbano, escolas, empresas, e mesmo a Internet
A chave para atingir esse objetivo está no conceito de acessibilidade.
Em 2010 estive em Brasilia para Eleição dos Estados e Cidades do Conade ( Conselho Nacional da Pessoa com Deficiência), para o biênio 2011, 2013, e lá conheci Romeu Kazumi Sassaki, consultor de inclusão escolar e profissional do Banco Mundial, consultor de educação inclusiva da Secretaria de Educação do Estado de Goiás e consultor da Escola de Gente que me dizia - o conceito de acessibilidade deve ser incorporado aos conteúdos programáticos ou curriculares de todos os cursos formais e não-formais existentes no Brasil. “Hoje, a acessibilidade não mais se restringe ao espaço físico, à dimensão arquitetônica”, diz Sassaki. Ele divide o conceito de acessibilidade em seis dimensões: arquitetônica, comunicacional, metodológica, instrumental, programática e atitudinal “Todas essas dimensões são importantes. Se faltar uma, compromete as outras”, diz
Devemos ter em mente que Acessibilidade é promover uma maior igualdade de oportunidades a este grupo da sociedade brasileira.
A Acessibilidade só será entendida e vista como algo a ser cumprida, quando a inclusão de alunos com deficiência acontecer naturalmente na rede pública.
Hoje em todos os setores quando se fala em acessibilidade, parece que estamos tratando de um assunto complexo, secreto e de difícil solução.
Como todo país que tem respeito pela dignidade Humana, devemos pensar que esse desconhecimento é vencido com uma dose de coragem e boa vontade
Uma das causas do desconhecimento por parte dos profissionais do ensino regular e gestores, quanto aos equipamentos e tecnologias necessárias para facilitar a inclusão de alunos com deficiência, se dá por conta destes alunos virem sendo até a pouco, tratados à parte, em instituições especiais de ensino. À medida que estes usuários estejam por toda parte, suas necessidades serão reconhecidas e incorporadas às demais questões nas escolas e em outros ambientes. Com a prática da educação inclusiva, a demanda por acessibilidade será deflagrada até se tornar inquestionável.
O termo Acessibilidade será facilmente entendido quando ser natural uma criança, ouvir seu amigo cego ler um livro em Braile, sua amiga surda – muda, assistir uma palestra com interprete de Libras, seu colega cadeirante poder ter acesso a todos os lugares da escola e seu coleguinha com síndrome de Dow brincar com ele na hora do recreio.
Precisamos acelerar o ritmo da historia da Acessibilidade no Brasil, para que nossos jovens possam estudar, trabalhar tendo ao seu lado pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida e que isso seja visto com naturalidade.
Pois esses meninos e meninas irão um dia fazer as políticas públicas do País e com certeza estarão zerados de preconceitos
Portando podemos entender que Acessibilidade é uma maior igualdade de oportunidades.